ADEUS ANO NOVO, FELIZ ANO VELHO... OPS!
“Este texto não caracteriza ou intenciona se caracterizar como sugestão de investimento. Decisões tomadas a partir desta publicação não são de responsabilidade da Sociedade Tau.”
Ao Investidor Sociedade Tau,
Neste encerramento de 2024, encontramos o mercado em um ponto de elevado pessimismo e fomento de pânico, testando a paciência e a disciplina de muitos investidores. Nesse contexto de alta sensibilidade vamos explorar os fatos de nossas operações e reforçar a estratégia de abordagem de mercado que estamos seguindo em nosso foco operacional, já vislumbrando a sequência de nossa atuação no âmbito de geração de crédito.
Resumo Contábil da Operação em BBAS3 - desde Abril/24.
Desde o último Abril de 2024 passamos a adotar a estratégia de acumulação dos ativos de BBAS3 com foco na captura da excelente agenda de distribuição de proventos publicada pelo banco.
Ao longo deste intervalo de tempo geramos aproximadamente BRL 3.92 por ativo custodiado e, através desta geração de caixa fomos capazes de ampliar a quantidade de ativos custodiados em aproximadamente 7% além de nossa capacidade de acumulação original em Abril de 2024.
O preço médio que reflete os strikes de nossas captações encontra-se em torno dos BRL 28.77 que, se descontados os créditos gerados desde então, nos remete a um preço médio efetivo de custódia de aproximadamente BRL 24.84 por ativo em carteira.
Vimos na última sexta-feira, 06 de dezembro de 2024, o ativo fechando o pregão cotado a BRL 24.73, ligeiramente abaixo do nosso custo médio.
Lembrando da máxima de que nós não realizamos prejuízo em nossas posições, permaneceremos capturando valor futuro a valor presente por meio das gerações de crédito e recebimento de proventos enquanto aguardamos a recuperação dos preços do ativo. Dessa maneira, à medida que ganhamos tempo para que o ativo recupere preço em suas cotações também diminuímos ainda mais o nosso preço médio de custódia.
Isso é o que chamamos de Ganha-Ganha em nossas operações: Enquanto o ativo ganha tempo, nós ganhamos dinheiro.
De Olho nos Fundamentos do Banco do Brasil:
Para seguirmos falando de nossa estratégia, é importante abster-se da narrativa que impera no mercado, e fazer uma abordagem totalmente voltada a dados, de modo que possamos tirar nossas próprias conclusões para então interpretarmos a real situação de momento em prol de nossas estratégias. Vejamos:
- 3T/24 como o mais lucrativo da história de BB: mesmo absorvendo em seus resultados o elevado provisionamento oriundo da atual taxa de inadimplência, o BB registrou lucro recorde na sua operação.
- ROE acima de 21%: Outro fator importante é perceber que mesmo submetido às adversidades de provisionamento e inadimplência o BB manteve ROE acima dos 21% evidenciando a excelente eficiência operacional da instituição.
- Multiplos baixíssimos: Lucros recordes em desdobramento, P/VP: 0.78, P/L: 4.93, Payout: 45%, distribuição de proventos em 8 dos 12 meses do ano.
Ao olhar para estes fatores e cruzá-los com a narrativa de mercado que diz “haver uma piora na qualidade da operação do BB” a pergunta que fica é: como assim?
Como dizer que há piora numa empresa que registra lucro recorde recorrentemente trimestre após trimestre?
A operação de BB é de tanta qualidade que foi capaz de absorver as intempéries macroeconômicas sem afetar o guidance de crescimento de lucro e sem prejudicar sua eficiência operacional.
Outra importante alavanca em favor do ativo é o retorno da rotina de elevação da taxa SELIC. Para as operações do BB isso significa aumento do spread bancário elevando receitas e margens operacionais. As linhas de crédito mais prejudicadas pela elevação da SELIC, como o crédito imobiliário por exemplo, não é um produto de foco de atuação do banco. Assim sendo a soma dos fatores macroeconômicos também não explica este agressivo desconto observados nas cotações do ativo.
Hora-bolas, porque raios então os preços estão derretendo?
A resposta está na seguinte pergunta: Como é que se paga barato em coisa cara?
A resposta é simples: dizendo que aquilo que é bom não presta!
Como descrito na teoria de Richard Wyckoff, a desvalorização é resultado da atuação do "Homem Composto", que manipula o sentimento de mercado para acumular ativos de alta qualidade a preços descontados. Essa fase de "barganha" reflete na precificação dos ativos o sentimento da especulação, não o dos fundamentos.
É por isso que em nossas operações estamos estruturados para acumulação do ativo. Porque nós simplesmente não operamos contra-fundamentos. À medida que o tempo passar e você investidor se habituar com nossas estratégias, vai perceber que também não operamos contra-mercado. Mas isso é conversa pra outro happy-hour.
Planejamento para 2025
Como sempre fazemos nesta época no ano, abaixo divido o nosso guidance quanto a zonas de risco e preço a nos atentarmos quanto a operação em BBAS3 para este restante de 2024 e sequencia de 2025:
- Mínimas para negociação: Entre R$23,61 e R$24,49.
- Máximas para realização: Entre R$30,18 (P/VP = 1) e R$34,62 (DY mínimo de 8%, segundo Bazin).
A Mensagem que quero imprimir:
O mercado exige paciência e visão de longo prazo. Estamos confiantes de que os fundamentos sólidos do Banco do Brasil, aliados à nossa abordagem estratégica, trarão resultados positivos para as nossas posições operacionais.
Seguimos aprimorando nossos modelos analíticos para melhor capturarmos essas oscilações nos preços dos ativos e gozarmos de performance ainda maior no próximo ciclo de acumulação e markup.
Considerando a agenda de proventos do BB com o payout de 45% em um cenário super conservador de que em 2025 o banco lucre o mesmo que em 2024, me sinto novamente confortável para reforçar a máxima que sempre trago aos nossos investidores:
“Se acertarmos teremos um belo lucro. Se errarmos, também”.
Em nome da Sociedade Tau agradeço pela confiança ao longo deste ano e desejamos a todos um excelente final de ano. Que 2025 traga ainda mais saúde, prosperidade e lucros em suas jornadas financeiras.
Cordialmente,
Chief Investment Officer - Sociedade Tau
